sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Enquanto isso, numa sala qualquer em Copenhague...


[...] com a natureza estão acabando, a cada dia que passa. E esse papo de caô-caô seu doutor, me da um nó na garganta [...] Bezerra da Silva cantou.



Há duas semanas os líderes das potências mais poluidoras, ou econômicas, se reuniram com o intuito de analisarem os efeitos provocados pelo aquecimento global, bem como arquitetar um plano vinculativo de contenção à remessa de massa tóxica no meio ambiente.
Os olhos, e os pulmões, do mundo se voltaram esperançosos. Contudo, face à irredutibilidade dos planos econômicos e da mentalidade obtusa de seus gestores, a 15º Conferência sobre Mudança Climática não passou de um grande e desastroso fiasco.
Estados Unidos da América, um colosso em poluição, propôs uma redução de 15 a 17% até 2020. Obama, francamente, o senhor é um fanfarrão. Rússia firmou em reduzir sua emanação de poluentes, desde que acompanhado pelos demais países – contava Ela que os demais entes não reduziriam tão significativamente. Fácil se jogar assim quando o resultado é obvio! Coréia do Norte se decepcionou, Brasil logo na primeira rodada da Copa do Mundo!
Entre discussões e impasses o que restou foi a certeza da falta de comprometimento dos países ricos em razão ambiental, há um desleixo crônico com o equilíbrio e a proteção do ambiente. Algum tempo atrás, não me recordo onde, li que para suprir esse desenfreado molde consumista e poluente do “mundo ocidental” eram necessários dois planetas terra e um trecho, por mais óbvio que parecesse, me deixou pensativo: A terra pede socorro, contudo é a humanidade que se salvará.
A inexistência de um tratado sólido, vinculativo e viável (ambientalmente) acentua à intensificação da fome em algumas regiões da África, o consequente deslocamento dessa população aos países centrais e, como resultado, o aumento da pobreza no mundo. Uma lógica elementar e cruel.
Será que a humanidade não aprende?!
As calotas de gelo derretem, os níveis do mar sobem e, avisando aos navegantes: cada dia esse processo cristaliza sua irreversibilidade.
Enquanto Deus prometeu não mais acabar o mundo em água. Alguns homens em Copenhague, pouco se importam.
Bruno Maia

2 comentários:

  1. Isso tudo me dá arrepios.. de raiva, de sensação de impotência. Uma conferência ridícula em que a política é discutida e se encerra na própria política, e o meio-ambiente é só papo secundário..

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  2. ...se clima fosse Banco, já estaria salvo.

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